terça-feira, 19 de agosto de 2014

TODOS OS CANDIDATOS A PRESIDENTE EXPLORARAM A IMAGEM DE EDUARDO CAMPOS.



As homenagens ao candidato do PSB à Presidência da República Eduardo Campos, morto na semana passada em acidente aéreo, o voto sem medo e referências ao Nordeste deram o tom da abertura do horário eleitoral gratuito na rede de rádio nesta terça-feira. Campos foi citado pelas três principais campanhas ao posto máximo do Executivo nacional, sem que temas como o voto sem medo e a diferenciação do estilo de governar nas gestões de Lula e Dilma fossem esquecidas.

Sorteado para abrir a campanha, o partido de Campos reproduziu falas dele, a quem foi entitulado de “o presidente que os brasileiros queriam, mas não puderam votar”. Na sequência, o locutor emenda: "Eduardo se foi. Mas seus valores e ideais ficaram. Entre eles, a esperança para seguir em frente". No restante do tempo da campanha do PSB foi reproduzido um repente, forma tradicional de fazer versos no Nordeste, aproveitando-se do fato de o candidato ser pernambucano. Nos trechos dos discursos do presidenciável morto, entre eles a que afirmara ser ele, Campos, e Marina Silva, capazes de gerar transformação nos rumos do país para um futuro promissor, num indicativo de preparação de terreno à substituição do socialista pela ambientalista como cabeça de chapa.

Campos também foi o mote de abertura da campanha da coligação do candidato tucano Aécio Neves, que afirmou ter uma amizade de 30 anos com o ex-governador de Pernambuco apesar de pertenceram a partidos distintos, lembrando que seu avô Tancredo Neves e o de Campos, Miguel Arraes foram lideranças políticas que teriam lutado “lado a lado” no passado por avanços no Brasil.



Por sua vez, o PT e os partidos aliados à reeleição da presidente Dilma Rousseff dedicaram os minutos finais para lembrar do pesebista falecido. O ex-presidente Lula foi o responsável por fazer menção a ele, descrevendo sua relação como de “pai e filho” e falando da “dor imensa” com a perda do seu ex-ministro. Afirmou que os ideais de Campos eram os mesmos que o do PT e explorou a frase-mote das últimas entrevistas do socialista ao pedir que os eleitores nunca desistam do Brasil.

PT FOCA NO NORDESTE E EM SÃO PAULO

O PSB não foi o único a fazer menção ao Nordeste no início da campanha em rede nacional. Dilma, por meio de jingle em ritmo de xote, fez a homenagem à região onde conta com boa avaliação sobre o seu governo. Nas menções aos feitos de sua gestão, no entanto, a presidente dedicou especial atenção ao estado e à cidade de São Paulo. Citou números do Pronatec, falando em 2 mil vagas locais desde o governo Lula, o FIES e Prouni (800 mil vagas) e 600 mil moradias através do "Minha casa, Minha vida" a paulistas e paulistanos. Lula, inclusive, abriu as entrevistas com Dilma, retornando aos microfones ao fim para afirmar que a vida do povo brasileiro "melhorou nos últimos anos", mas sem diferir seu governo ao de Dilma, emendando depois na homenagem póstuma a Campos.

PESSIMISMO E MEDO

A campanha petista também explorou a questão do medo, clamando para a "vitória sobre o pessimismo". Mas não foi a única. A chapa aecista, pediu o "voto sem medo" ao candidato do PSDB na apresentação antes da fala do ex-governador de Minas Gerais. No programa em rede nacional, Aécio reclama de retrocessos na gestão do país "nos últimos quatro anos", deixando claro que pretende distinguir os feitos de Lula aos de Dilma.




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